quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Se ligue ;]

As vezes, reclamamos tanto, choramos, esperniamos por vontades tão fúteis... não sei quanto a vocês mas há momentos que eu percebo o quão superficial sou. Estudo em uma ótima escola particular, vivo em um bairro nobre, tenho os melhores amigos, apesar de meus pais serem separados, eu ainda tenho a ambos. Tenho minhas roupas, meu computador, internet, celular e todos esses bens materias tão desejados. Mas ainda sim me sinto vazia. E só entendo o motivo disso quando abro os jornais, quando assisto uma aula polêmica sobre o nosso mundo. Simplesmente não entendo, não entra na minha cabeça como há tantas pessoas sem coração, hipócritas e ignorantes por opção! Coitados... nunca descobrirão a verdadeira alegria da vida! Ligo a tv, vejo aqueles casos de morte, "um homem mata a pauladas a mulher e um bebê de 8 meses", " menina de 15 anos ao sair da aula em colégio público é morta por causa de briga entre grupos rivais"... casos de desrespeito ao nosso patrimônio, nossa casa, nosso planeta! Mas o que mais me incomoda é o conformismo das pessoas, aquelas que riem das situações dos desprevilegiados, aquelas que não se sensibilizam com as notícias cada vez mais chocantes que estão ao nosso redor. Mas que essas pessoas se fodam. A minha parte eu faço, e isso me preenche a cada dia mais. Sabe, me sinto bem melhor em apenas jogar um lixo no lugar certo, em conseguir economizar um pouco de água. E me sinto incrivelmente satisfeita, feliz e completa quando ajudo o próximo, não importa como, se é com um conselho, com uma explicação de alguma matéria escolar, com um abraço... Pequenos gestos mudam as pessoas, mudam nosso humor, nosso estado de espírito, nossas atitudes, mudam o Mundo! Se você está se sentindo um lixo, se não está contente com o que tem, te pesso, olhe ao seu redor com outros olhos, olhe pra tudo que você já tem, aposto que não é pouco, amor, família, amigos, nem que você tenha só uma pessoa em que você realmente confie, possa contar, tenha certeza que isso não é pouco. Agora olhe para aquelas pessoas que não tem o que comer, que não tem o que dormir, para aqueles que são presos porque tiveram que roubar um pão para não morrerem de fome, olhe para aqueles que estão em locais de guerra, lutando por motivos que talvez eles mesmo desconhecem, buscando uma glória que não existe. Espero que com isso você possa perceber o quanto você tem e passe a agradecer por isso. Não só isso como espero também o quão importante é que você faça a sua parte como cidadão, como amigo, parente, filho, mãe, pai, irmão... Não se prenda somente ao seu ego, não se prenda em si mesmo. Abra seus olhos e faça uma revolução, não precisa ser grande, pode ser apenas em seu interior, mas a faça. 'De grão em grão a galinha enche o papo'. É assim que consiguiremos mudar o mundo. (Ana Carolina Ávila)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"... jovens ... penso que muitos deles estão se tornando servos passivos do sistema social. Não são arrebatados pelos sonhos e pelas aventruas. Tornaram-se, apesar das exceções consumidores de produtos e serviços e não de idéias. Entretanto, conciente ou inconcientemente, todos querem uma vida regada de emoções borbulhantes, até bebês quando se arriscam a sair do berço." (O vendedor de Sonhos - Augusto Cury )

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A GENTE SE ACOSTUMA

A GENTE SE ACOSTUMA

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.

Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma. (Marina Colassanti)

O sol

Queria ver o sol brilhar por um instante e que a felicidade fosse constante. Na sua vida e na minha também e que no mundo renasce sempre o bem. Poder errar, reconhecer o erro. Poder viver sem conhecer o medo, que nunca é tarde, que nunca é cedo, na minha praia, no meu sôssego. Com as pessoas que tanto amo sempre feliz, sempre sonhando. Um mar de sonhos pra eu velejar, onde o impossível eu pudesse alcançar. Realizar tudo o que eu quisesse E alegrar o que me entristece e entender por que tanta maldade se neste mundo existe bondade. Queria ver o mundo em harmonia, sem guerra quente, sem guerra fria. Onde o choro fosse alegria, que pro meus olhos tudo fosse poesia. que o amor fosse protagonista, quem ama cuida e sempre conquista. Quem sabe um dia isso acontece, quem sabe um dia, a gente amadurece. A minha praia não é só minha, wla é um sonho que a gente tinha de querer mudar o mundo de conseguir, entender tudo. Pode ser que a gente consiga ou pode ser que seja o sonho de uma vida. Que talvez,ninguém alcançou, mas pelo menos a gente tentou(?) . As vezes chove as vezes não, o importante é viver com o coração. A gente tem que saber lavar e intender que tudo vai passar. Nem sempre a gente pode enxergar, mas o sol nunca deixa de brilhar! (Túlio Dek)